Por
Flávia Cohen e Laura Guimarães, do Proderj
Nesta segunda-feira
(06/12), alunos da faculdade DePaul University, em
Chicago, nos EUA, especializada em Tecnologia da Informação
(TI), ficaram impressionados com a infraestrutura tecnológica
e os projetos de inclusão digital implementados no
estado pelo Centro de Tecnologia da Informação e
Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (PRODERJ). Os
estudantes confessaram que voltarão para casa com uma
imagem muito positiva sobre o que o governo do estado
tem desenvolvido na área de tecnologia. Além da UFRJ,
do Parque Tecnológico do Rio e do BNDES, o PRODERJ foi
escolhido também para ser um dos pontos importantes do
roteiro de visitação dos americanos. Pela manhã, eles
foram recebidos pelo Presidente do PRODERJ, Paulo Coelho
e conheceram os projetos da autarquia e, em seguida,
visitaram a moderna escola pública multimídia NAVE,
localizada na Tijuca, zona Norte do Rio.
Considerada a maior
universidade católica do país e a maior instituição
de Chicago, a DePaul University já esteve no Brasil em
outras ocasiões visitando importantes empresas, como
Petrobras, Vale do Rio Doce, IBM, Xerox, Embratel, entre
outras. Desta vez, a comitiva fez questão de conhecer o
PRODERJ, por ser o órgão gestor de tecnologia do
estado. Anualmente, a universidade procura empresas em
todo o mundo com o objetivo de expor os alunos da graduação
e pós-graduação à realidade da TI em um país de
economia emergente, como o Brasil, já que a tecnologia
foi determinante na maioria das economias emergentes no
final dos anos de 1990 e 2000.
O presidente do PRODERJ,
Paulo Coelho, comentou o destaque que o Rio de Janeiro
tem conquistado, recentemente, no exterior e cita que um
dos principais motivos para isso ocorrer tem sido o
crescimento de muitas empresas diretamente ligadas à
gestão do governo. Para ele, a visita desses estudantes
é resultado de um trabalho bem sucedido no estado, mas
também um incentivo para evoluir ainda mais.
- Fico muito feliz por
receber esses alunos em nossa instituição, já que
assim eles podem além de conhecer o PRODERJ,
testemunhar um pouco mais da evolução do Rio de
Janeiro em diversos setores. Tenho certeza de que eles
sairão daqui surpresos com a eficiência de nossos
projetos que vêm modernizando, cada vez mais, a gestão
pública e que este encontro será sempre lembrado como
um registro importante da nossa história e do nosso
avanço tecnológico – comentou Paulo Coelho.
De acordo com a
coordenadora da visita dos estudantes, a brasileira
Lenir Wilson, o Brasil é de grande interesse porque é
um país economicamente emergente com contrastes
extremos.
- Ainda iremos a São
Paulo e à Florianópolis e aqui visitaremos o BNDES e a
UFRJ, mas o PRODERJ está sendo nosso primeiro destino.
Nosso objetivo é conhecer empresas que contribuem na área
de TI com desenvolvimento da cidade, do estado e do país
como um todo e o PRODERJ é uma delas, pois representa o
que o estado tem feito para melhorar a vida da sociedade
fluminense – destacou Lenir.
A assessora de
planejamento da presidência do PRODERJ, Nelly Starec,
apresentou a os projetos de referência da autarquia.
Dentre eles estão as aplicações para TV Digital
desenvolvidas pelo PRODERJ com foco na dengue e a gripe
H1N1, o M-clipping que envia as principais notícias
veiculadas na mídia aos celulares do governador e
secretários do governo, agilizando a tomada de decisões,
quando necessário. Pelo que se tem notícia, esta
ferramenta ainda não existe nem mesmo nos EUA.
Também despertaram
curiosidade dos estudantes, o processo da pré-matrícula
informatizada, que envia torpedos aos estudantes e aos
gestores da educação sobre o andamento das matrículas
e alocações e os Centros de Internet Comunitária (CICs),
laboratórios de informática com acesso gratuito à
internet instalados pelo PRODERJ em todo o estado,
muitos deles, com aulas gratuitas de alfabetização
digital, para jovens, adultos e a Terceira Idade. A
ideia desse projeto é não só levar o acesso, mas
educar a sociedade para as novas mídias e produzir uma
sociedade do conhecimento ativa e transformadora.
Representando a comitiva
nos EUA, o professor da DePaul University, Olayele
Adelakun, mostrou-se muito surpreso com o que o governo
do estado tem feito para inserir a população no mundo
da tecnologia.
- Fiquei muito feliz em
conhecer os projetos desenvolvidos pelo estado,
principalmente, a infraestrutra que vocês mantém para
comportar esses projetos, através de um banco integrado.
É importante ter diferentes databases conectados para
garantir a segurança e a eficiência das aplicações.
Quanto aos projetos de inclusão digital, acho que os
CICs possuem um papel muito importante de levar à
tecnologia para a população, mas é preciso sempre ter
o cuidado com que propósito essas pessoas estão
utilizando esses laboratórios. Acredito que essa
iniciativa demonstra uma nova maneira de pensar sobre a
sociedade – analisou o professor.
A aluna de Mestrado em
Human Computer Interaction, Laura Lee, afirmou que vai
voltar para Chicago com uma opinião completamente
diferente sobre inclusão ditigal que tinha antes de
chegar ao país.
- Estou impressionada
como vocês estão avançados em termos de tecnologia.
Desde de pequena eu já utilizava computadores, mas não
imaginava que acontecia o mesmo com as crianças e
jovens daqui. Agora mesmo acabei de ver um menino
entrando no Facebook, nem imaginava que os brasileiros
utilizavam este site. Estou muito feliz de ter
encontrado uma realidade tão próspera e moderna –
comenta Lee.
Também cursando a mesma
faculdade que a Laura Lee, o aluno Stanley Brown achou
inovadora e audaciosa a aplicação do M-clipping, pois,
de acordo com ele, é preciso uma infraestrutura robusta
para comportar uma grande quantidade de dados e ao mesmo
tempo manter a qualidade e a eficiência do produto,
como tem sido realizado no órgão.
Já a aluna de Animação,
Digital Cinema, Melissa Borda, demonstrou admiração
com o que viu na escola pública multimídia, NAVE. Para
ela, esse colégio deveria se tornar um modelo para
qualquer escola do mundo.
- Reparei que os alunos
utilizam softwares avançados com vários recursos
multimídia, não são apenas computadores funcionais. Não
imaginava que uma escola pública poderia oferecer essa
infraestrutura tão moderna. E acho muito interessante o
trabalho que o PRODERJ tem feito com os CICs, levando a
inclusão digital também ao interior, ou seja, não
concentrando apenas nos grandes centros urbanos –
observou a aluna.
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